Para quem
está no Brasil, o retorno das atividades escolares, por enquanto, ainda tem no
imaginário crianças com bonés de réguas na cabeça, filas demarcadas nas
entradas dos colégios com totens ejetando álcool em gel e professores de
coletes com avisos pedindo distância mínima de 1,5 metro. Essas são algumas das
alternativas criadas por escolas de outros países no retorno às aulas na
pandemia - e cujas imagens, vídeos e fotos têm chegado por aqui. Até o
fechamento da edição, as escolas brasileiras ainda não estavam de volta com
aulas presenciais, ou seja, não sabemos como serão as experiências locais com
os estudantes e professores dentro de sala de aula, espaço inabitado há mais de
100 dias.
O debate sobre o retorno no ensino presencial nem era questão nos primeiros meses, devido ao potencial de contágio nos ambientes escolares. O poder público, em diversos estados, começou a sinalizar prazos e falar de protocolos de retorno há pouco tempo. Na segunda quinzena de junho, o governo do estado de São Paulo, por exemplo, anunciou uma data referência e o plano para o retorno por lá (inicialmente marcado para setembro, para todas as séries). Em Minas, não foi determinada a data de volta, mas as instituições particulares têm se mexido para adiantar, o quanto possível, o preparo para o retorno. Afinal, a adaptação do espaço físico, da grade de aulas e da dinâmica das pessoas no ambiente, bem como a orientação de toda a comunidade escolar, não é nada simples.